As alterações da idade são chamadas de alterações degenerativas da coluna e configuram-se como uma condição bastante frequente, ainda que na maioria dos casos não se trate de situações graves, podem causar dor e dificuldades relevantes.

Apesar de suas causas ainda não serem bem estabelecidas, a idade somada a fatores genéticos e sobrecargas na região configuram as principais correlações.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Bristol e publicado pelo Journal of Biomechanics aponta que há na literatura científica sobre o tema opiniões distintas quanto às causas das dores na coluna.

Enquanto alguns estudos defendem que a herança genética e as características psicossociais dominam todos os aspectos da dor nas costas, os autores deste estudo apontam que a carga mecânica excessiva na coluna deve ser considerada como uma das causas mais importantes da degeneração e dor na região.

Entender os fatores que causam este problema é importante para então atuar na prevenção e no tratamento, de modo a proporcionar maior qualidade de vida aos pacientes.

A seguir, vamos entender melhor quais os principais fatores que levam a estas condições.

Principais causas da degeneração e da dor na coluna

Herança genética, envelhecimento e histórico de carregamento de peso!

Estudos de Biomecânica relatam uma variação muito ampla na força da coluna, sendo que esta variabilidade pode estar associada aos genes. Isso significa que podem existir alguns genes que afetam a composição bioquímica da coluna e a força dos tecidos esqueléticos.

Além disso, o envelhecimento também enfraquece os tecidos espinhais e gera alterações bioquímicas que aumentam a rigidez do local, que irá responder com menor eficácia ao ambiente mecânico.

Lesões na coluna podem ocorrer quando forças normais são aplicadas em tecidos que estão muito fracos, ou quando forças muito altas são aplicadas em tecidos normais.

Outra causa da vulnerabilidade do tecido da coluna à mecânica é o histórico de carregamento de peso. Carregamentos repetitivo de peso podem gerar microfissuras no osso e os danos por fadiga também podem se acumular nos discos intervertebrais.

Em contrapartida, um histórico de sedentarismo pode causar atrofia no músculo, nas cartilagens e nos ossos deixando-os menos capazes de resistir a altas cargas durante incidentes, como impactos e quedas.

Podemos dizer que os efeitos combinados da herança genética, envelhecimento e o histórico de carregamento de peso pode influenciar a força da coluna vertebral e, consequentemente, o quanto ela irá suportar as atividades do dia a dia do paciente.

A dor na coluna pode surgir sem a degeneração

Apesar de, em grande parte dos casos, as dores nas costas estarem associadas a degeneração da região, essa relação não é obrigatória.

Mudanças na postura afetam a orientação das vértebras e alteram a distribuição do estresse das articulações e discos intervertebrais.

Sendo assim, a forma como uma pessoa se senta, fica de pé e se move pode afetar a percepção da dor, mesmo na ausência aparente de degeneração.