Caracterizada pelo desvio lateral da coluna sem causa definida, a escoliose idiopática é considerada o tipo mais comum, representando em torno de 80% dos casos de escoliose
A escoliose idiopática é dividida em quatro tipos:
- Infantil: se desenvolve até os 3 anos de idade;
- Juvenil: entre os 4 e 9 anos;
- Em adolescente: dos 10 anos até a maturidade óssea;
- Em adultos: a partir dos 18 anos.
Escoliose idiopática: principais causas
Apesar de diversos estudos acadêmicos, a escoliose idiopática não possui causas definidas.
Cada paciente é único, o que significa que cada caso precisa ser analisado pontualmente. Alguns pontos a serem pensados são:
- A genética do paciente
- Os hábitos do paciente
Principais sinais clínicos x diagnóstico
A escoliose idiopática não tem sintomas visíveis para os dois primeiros tipos (infantil e juvenil) até que a curva progrida de maneira significativa.
A primeira queixa é quando os pais notam que a criança na fase dos 3 até os 9 anos de idade possui um ombro mais elevado que o outro ou que suas roupas ficam desiguais no corpo, ou seja, desalinhadas.
Além desses dois pontos, é importante observar:
- Cintura desproporcional
- Ausência de simetria nos quadris
- Altura das costelas diferentes
- Altura das pernas aparentemente diferentes
- Dores musculares
- Fadiga nas costas
- Dor na região lombar
O diagnóstico é feito por um médico ortopedista especializado em coluna.
Responsável por fazer um estudo clínico do paciente, o profissional solicita uma bateria de exames para detectar o problema e o grau da curvatura em que esse paciente está, para iniciar o tratamento mais indicado.
Alguns exames mais comuns solicitados são:
- Radiografia
- Tomografia computadorizada
- Ressonância magnética
Tratamento da escoliose idiopática
Após a constatação da escoliose idiopática e o seu grau de curvatura, o médico ortopedista vai iniciar o tratamento de acordo com o seu paciente, que é único.
O aspecto-chave é fazer com que o desvio pare de evoluir e não cause mais dores e impossibilidades ao paciente.
Dependendo do caso, o especialista adotará alguns vieses, que podem ser:
- Uso de um colete rígido, para controlar a posição do tórax e a região lombar
- Exercícios de Reeducação Postural Globalizada (RPG),
- Sessões de Fisioterapia
- Exercícios de Pilates
- Uso de analgésicos e/ou anti-inflamatórios em casos extremos de dor
Riscos em não tratar a escoliose idiopática
Muitos pacientes não sabem dos grandes riscos que existem quando não tratam a escoliose idiopática.
Alguns problemas mais graves podem surgir em pacientes, como a síndrome obstrutiva pulmonar, uma insuficiência cardíaca e até a redução da função respiratória.
Escoliose idiopática: como definir se é caso cirúrgico?
Apenas um médico ortopedista especializado pode indicar a prática cirúrgica.
Cada caso precisa ser analisado criteriosamente para a definição de um procedimento cirúrgico.
Análises como as descritas abaixo devem ser levadas em consideração:
- Idade do paciente;
- Grau de curvatura;
- Gravidade da deformidade corpórea ou muscular do paciente;
A cirurgia, muitas vezes, pode ser o único caminho. Pacientes em níveis muito elevados tendem a ser submetidos a uma intervenção cirúrgica.
Com o avanço da tecnologia, cada vez mais as cirurgias são menos invasivas e suas recuperações mais rápidas.
Se você acredita que tem escoliose idiopática, ou já tenha sido diagnosticado, e sofre com os sintomas, procure um ortopedista especialista em coluna para melhor entendimento do seu caso!
Dr. Fernando Sanchez
Ortopedista Especialista em Coluna em São Paulo
- Médico pela Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP);
- Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas (HC) da FM-USP;
- Médico Preceptor dos Residentes do IOT-HCFMUSP e da Graduação da FM-USP;
- Médico Contratado Hospital Israelita Albert Einstein;